Policial

Polícia analisa vídeo que circula nas redes sociais de amigas mortas em acidente

Homem que gravou vídeo pode responder por vilipêndio e pegar até 3 anos de reclusão



Acidente na BR-163 ocorreu entre caminhonete e carro das amigas. (Foto: Diego Alves - Jornal Midiamax)




A Polícia Civil informou que vai analisar o vídeo compartilhado nas redes sociais que mostra as amigas Carolina Peixoto dos Santos, Lais Moriningo Paim, Leticia de Mello da Silva e Kaena Guilhen Fernandes, mortas em acidente na BR-163 em Campo Grande na noite de sexta-feira (10).

A delegada responsável pelo caso, Priscilla Anuda, da 3ª delegacia, disse que vai analisar o caso. “Recebi o procedimento hoje na delegacia. Vou analisar”.

O vídeo que circula é de um homem que filma os veículos destruídos. Em certo momento ele filma as jovens já sem vida dentro do carro Fiat Argo. Ele chega a questionar outra pessoa que ajuda a sobrevivente. “E essa outra aqui? Essa da frente? Não dá pra saber?”, parece questionar se a jovem está viva.

Mostrando ainda a situação das três jovens, ele se surpreende ao encontrar mais uma das meninas. Neste momento, o homem retira o cabelo do rosto da jovem e mostra o rosto dela. Depois pede uma faca para cortar o cinto de segurança.

Ele também mostra o outro veículo, uma caminhonete Toyota Hilux com a frente destruída e o motorista ainda lá dentro.

Vale lembrar que vilipêndio é considerado crime contra o respeito aos mortos, previsto no artigo 212 do Código Penal Brasileiro.

O ato de vilipendiar cadáveres ou suas cinzas pode ser punido entre um a três anos de reclusão e pagamento de multa.

Vilipendiar significa destratar ou humilhar; tratar com desdém; fazer com que algo ou alguém se sinta desprezado ou desdenhado; menosprezar; julgar algo ou alguém por baixo; não validar as qualidades de; ofender através de palavras, gestos ou ações.

Carolina, Lais, Kaena e Letícia, vítimas de acidente na noite de sexta. (Foto: Reprodução Facebook)

Acidente

A colisão envolvendo um Fiat Argo e uma caminhonete Toyota Hilux, que terminou na morte das quatro mulheres, aconteceu na BR-163, entre Campo Grande e Jaraguari. Levantamento da perícia aponta que ultrapassagem em faixa contínua teria provocado a colisão. 

 
 

Conforme informações do boletim de ocorrência, o carro em que as jovens estavam com uma quinta mulher saiu de Campo Grande com destino a Rio Verde. A caminhonete era ocupada por um homem de 45 anos, que seguia no sentido Jaraguari – Campo Grande.

A Polícia Civil e a Perícia constataram, após análise prévia da dinâmica do acidente, que a motorista do Argo teria tentado ultrapassagem em faixa contínua, quando colidiu frontalmente com a caminhonete. 

O caso foi registrado como lesão corporal culposa e homicídio culposo na direção de veículo automotor.