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Justiça de SP decreta falência da Tonon, dona de usina que emprega 600 no MS

sucroenergética já havia entrado com pedido de recuperação judicial em 2015, mas manteve operações na unidade de Maracaju



Funcionários se reúnem em frente à emrpesa. (WhatsApp)




A Justiça de São Paulo decretou na última sexta-feira  (6) a falência das empresas do grupo Tonon Bioenergia, que possui uma unidade no distrito de Vista Alegre, no município de Maracaju (MS), que emprega cerca de 600 funcionários no interior do Estado.

A companhia, com sede em Bocaína (SP), já havia entrado com um processo de  recuperação judicial no final de 2015, alegando prejuízos decorrentes dos baixos preços do açúcar e do álcool, além de grandes perdas cambiais, com a variação do dólar na época.

Em 2017, em  meio ao processo de recuperação, a companhia vendeu o controle de duas de suas três unidades sucroenergéticas para a gigante Raízen Energia: as unidades Santa Cândida, em Bocaina (SP); e a Paraíso, em Brotas (SP).

A unidade remanescente no MS, que tem seu futuro incerto, tem capacidade de moagem de 3,5 milhões de toneladas por safra. A área plantada de soja é de 30 mil hectares. A usina tem, ainda, capacidade para produzir 132 mil m³ de etanol e 385 mil toneladas de açúcar a cada safra.

Nos últimos meses, a Tonon já vinha dando sinais de que estava mal das pernas, paralisando as atividades da unidade em Vista Alegre em outubro do ano passado. À época, a sucroenergética alegou manutenção no período de entressafra. No entanto, as incertezas sobre as condições financeiras da empresa já preocupavam os trabalhadores.

Em janeiro,  funcionários da área agrícola realizaram uma manifestação pedindo o pagamento dos 50% restantes dos salários que era compromisso de ser pago em dezembro, o 13° salário que se encontrava atrasado e o plano de saúde bloqueado.

Em janeiro, a companhia foi alvo de uma manifestação por parte de trabalhadores insatisfeitos com o fato de não terem recebido metade do salário de dezembro, e nem mesmo o décimo terceiro,