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Superintendente do Procon foi perseguido e recebeu ameaças da fronteira

Salomão prestou depoimento e caso está sendo investigado



Superintendente estadual do Procon, Marcelo Salomão - Bruno Henrique/Correio do Estado




O superintendente do Procon, Marcelo Salomão, já foi perseguido duas vezes por uma moto Titan preta e recebeu ligações misteriosas originadas de Ponta Porã, na fronteira seca com o Paraguai – conhecida pelo histórico de crimes de pistolagem. Com medo de que sua vida possa estar sob risco, ele registrou boletim de ocorrência ontem.

Tanto o gestor como o motorista dele (que terá o nome preservado) prestaram depoimento e o caso está sob investigação.

Eles contam que no dia 14 de fevereiro, enquanto Salomão concedia entrevista a um jornal de Campo Grande, o funcionário percebeu que uma moto havia estacionado do outro lado da rua. Ao terminar o compromisso, os dois entraram no carro e notaram que o veículo também deixou o local.

O motorista de Salomão traçou um caminho diferente do habitual, fazendo conversões desnecessárias para chegar ao destino, mas ainda assim o motoqueiro seguia no encalço deles. O funcionário então fez uma conversão proibida de propósito e a manobra também foi imitada pelo suspeito. Acelerando o veículo de Salomão, o motorista conseguiu despistar a moto.

Contudo, o episódio se repetiu nesta semana, enquanto o superintendente do Procon participava de um programa em uma emissora de rádio. Enquanto aguardava, o funcionário notou novamente a presença da Titan preta, que também os seguiu pelas ruas da cidade.  

Como se não bastasse, Salomão contou à polícia que está recebendo ligações anônimas. Ele atende, mas ninguém fala nada. Com um aplicativo, conseguiu identificar a origem das chamadas: Ponta Porã.

O Procon foi alvo de furto na madrugada de quinta-feira. Apenas o computador que continha os dados da pesquisa de preços feita em todos os postos de combustível de Mato Grosso do Sul foi levado.

A repartição tem uma janela de vidro que a separa da sala onde fica a equipe de pesquisa de preços. O bandido quebrou o vidro e passou para o segundo recinto, onde encontrou o notebook. Peritos estiveram no local e coletaram impressões digitais. Em dez anos, este foi o segundo furto no local.