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Arquidiocese quer unir esforços com instituições para acolhida de refugiados

Objetivo é que entidades possam oferecer em conjunto serviços prestados à causa



Reunião contou com a participação de entidades civis e públicas - Foto: Foto: Álvaro Rezende / Correio do Estado




Devido ao grande fluxo de refugiados - principalmente venezuelanos - para os diversos Estado do Brasil, o Serviço dos Migrantes da Arquidiocese de Campo Grande reuniu instituições e associações para otimizar e fortalecer as iniciativas existentes, atendendo às situações consequentes da migração na Capital e no interior. 

Segundo a coordenadora do serviço, Irmã Rosane Costa Rosa, uma das principais dificuldades enfrentada por entidades que acolhem os imigrantes é o local para estadia no primeiro momento em que ele chega até a cidade. “Não é tão fácil acompanhar, organizar eles em algum lugar quando chegam porque são muitos que chegam de uma vez; 100; 200 por vez”, disse ela em reunião com as entidades. Ela complementou que os mantimentos estão sempre a disposição e a disposição das pessoas em ajudar é grande quando a necessidade aparece. 

Outra dificuldade encontrada é a burocrática, já que muitos entram por conta própria no Estado e não tem os documentos regularizados no País. Como pontuou a defensora pública da União, Andressa Santana Arce, os refugiados que passam por operações que gerenciam o fluxo migratório no Brasil, como a Operação Acolhida, realizada em Pacaraima (RR), têm os documentos regularizados nos campos de acolhimento. 

As entidades expuseram seus serviços em prol da situação de imigrantes, como a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), que tem o programa UEMS Acolhe e oferece cursos gratuitos de línguas para imigrantes em diversas regiões de Campo Grande, além de validar diplomas estrangeiros. 

Presidente da Associação de Haitiano-Brasileiro, Wadner Absalon, também expôs a dificuldade em que pais haitianos têm em trazer seus filhos e familiares do país para o Brasil. “Está muito difícil conseguir visto humanitários para estrangeiros. Muitos haitianos vêm estudar e trabalhar, mas acabam se estabelecendo e agora o Haiti não quer autorizar a saída de crianças do país”, disse ele, contando que uma família gastou cerca de R$ 20 mil com despesas e passagens, mas não conseguiu trazer os filhos para o Estado. 

Também participaram da reunião representantes da Defensoria Pública do Estado, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS e Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), que desenvolvem pesquisas na área e voluntários que ajudam na causa, além de voluntários.