Lucas morreu no local do acidente (Arquivo, Midiamax)

Nesta terça-feira (29), Ricardo André Rodrigues, de 36 anos, foi condenado pelo acidente que matou Lucas Silveira Leite Ortiz, de 19 anos. Ele era acusado de ter atropelado e matado o rapaz propositalmente, mas os jurados entenderam que o caso foi um homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção.

Segundo denúncia apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o acidente aconteceu em 16 de julho de 2014, no Jardim Canguru. A princípio, Ricardo voltava da casa da sogra no Astra prata, com a esposa e o filho, quando passou no sinal vermelho e quase atingiu Lucas, que estava de moto.

O jovem então se aproximou e os dois frearam os veículos, quando iniciaram uma discussão. Lucas, sem descer do carro, teria dado um chute na porta traseira, do lado esquerdo do carro de Ricardo. Houve uma perseguição do motorista contra o motociclista, conforme relatado pelo MPMS.

Depois, Ricardo teria acelerado e “não apenas atropelou Lucas, como, em alta velocidade, conduziu o veículo, arrastando a vítima pela rua, que caiu metros à frente. Não obstante, o denunciado fugiu e não prestou qualquer auxílio a Lucas, que faleceu no local”. A denúncia também aponta que, além do atropelamento, Lucas foi arrastado.

Julgamento

Nesta terça-feira, Ricardo foi submetido ao júri popular, em sessão na 1ª Vara do Tribunal do Júri, presidida pelo juiz Carlos Alberto Garcete. O Conselho de Sentença decidiu por desqualificar o crime de homicídio doloso, então ele foi condenado pelo homicídio culposo, aquele em que não há intenção.

Foi determinada pelo magistrado pena de 2 anos de detenção em regime aberto e suspensão da CNH pelo período da pena. A pena ainda foi substituída por pena restritiva de direito, prestação de serviço comunitário e prestação pecuniária de 10 salários mínimos.