O zagueiro Maicon foi apresentado oficialmente pelo Santos nesta terça-feira, na Vila Belmiro. O defensor de 33 anos participou de entrevista coletiva que marcou o retorno dos jornalistas à sala de imprensa após o início da pandemia da covid-19.

O defensor, que estava no Cruzeiro, falou que está apto fisicamente para ajudar o treinador Fabián Bustos. O zagueiro ainda não fez sua estreia oficial pelo time, mas já vem treinando há um tempo no CT Rei Pelé.

"Fisicamente estou bem. Vim do Cruzeiro sempre treinando, fiz apenas três partidas por lá, mas estava treinando, dei continuidade aqui. Estou 100% fisicamente e se o professor optar por mim estarei disponível", disse Maicon.

O zagueiro inclusive falou sobre o que mudou em seu jogo desde seu tempo de São Paulo, clube que defendeu em 2016 e 2017.

"Claro que os anos passam, o jogador quando vai ficando mais experiente, vai facilitando algumas coisas. Procuro estar muito bem fisicamente, acompanhar minhas estatísticas, e elas não vêm caindo drasticamente nos últimos anos. Podem esperar raça, vontade, empenho, qualidade para jogar. Tenho minhas virtudes, e tenho certeza que posso acrescentar e honrar essa camisa que estou vestindo", comentou.

Maicon revelou que não foi difícil optar por defender o Santos. Além do apoio de seus familiares santistas, a grandeza do Peixe foi fundamental para que o zagueiro escolhesse vestir essa camisa.

"Vim para cá pela grandeza do clube, não só pelo histórico familiar. Minha família toda sempre torceu, acompanhou o clube. É um time gigante, há dois anos estávamos em uma final da Libertadores. O que me motivou foi a grandeza do clube, jogadores que já passaram aqui. Quando o Edu entrou em contato comigo, a aceitação foi imediata, não tem como recusar. Espero retribuir a expectativa da diretora. A grandeza do clube fez com o que eu viesse para cá", disse o zagueiro.

Maicon, que assinou contrato até dezembro de 2023 com o Santos, falou sobre o primeiro jogo da equipe após a parada para treinamentos devido á eliminação no Campeonato Paulista. O Peixe visita o Banfield, na Argentina, no próximo dia 5. Será a primeira rodada da fase de grupos da Copa Sul-Americana.

"A gente vai procurar fazer o nosso jogo, como sempre fazemos. Compactos, agressivos. Tivemos tempo para trabalhar em diferentes setores. Temos qualidade, apesar da nossa eliminação precoce. Chegaram jogadores novos, quem tem chegado pode acrescentar bastante. Acredito que a gente possa começar a competição muito bem, impondo nosso ritmo. Adversário difícil, fora de casa, mas quem não aguenta pressão não serve para jogar em time grande. Ela sempre vai existir"

Veja outros trechos da coletiva do zagueiro Maicon

Adaptação no Santos

“Infelizmente, cheguei em uma situação que não queríamos estar, que foi a eliminação no Paulista, mas ao mesmo tempo me deu mais tempo para trabalhar, buscar entrosamento com meus companheiros. Adaptação foi boa, temos um grupo que me recebeu muito bem, agora é dar continuidade ao trabalho para gente conseguir nossos objetivos."

Período de treinos com Bustos

"A gente tá tendo um período mais longo, uma segunda pré-temporada. Não só aqui, mas no mundo inteiro, nem todas as equipes tiveram a preparação adequada. O Santos teve casos de covid, o que atrapalhou a preparação do início do ano. Então esse tempo com o elenco inteiro foi muito positivo. Temos um elenco jovem, mas com jogadores de muita qualidade. O treinamento do Bustos é intenso, agressivo e tenho certeza que a cada dia vamos ver a cara dele nos treinamentos junto com a equipe. Espero que a gente possa corresponder."

Experiência

"Vim de 13 anos jogando fora , tenho uma bagagem grande. Mas meu intuito não é só exercer a função de líder e sim puxar aqueles atletas mais jovens para que eles possam também ter postura de liderança. O líder não é só o jogador experiente. Meu intuito é que a gente tenha vários líderes, não apenas transferir responsabilidade para o João Paulo, Maicon, Sanchez, quem quer que seja. Estamos trazendo mais jogadores que possam assumir essa responsabilidade. Temos que parabenizar a garotada, que seguraram muita bronca junto, sofreram. Quando as coisas não acontecem, a cobrança é maior. A cobrança aqui é normal."