Mato Grosso do Sul

Pela 1ª vez em oito meses, MS está fora da zona de alerta em ocupação das UTIs Covid

Em agosto, Estado tem registrado os menores índices de ocupação de leitos do ano



Baixa de internações e cenário fora da zona de alerta são resultados da vacinação contra Covid-19. - Foto: Ilustrativa/ Reprodução.




Superlotação, pacientes internados de maneira provisória e casos cada vez mais graves causaram o colapso do SUS (Sistema Único de Saúde) em Mato Grosso do Sul. Após oito meses variando entre grave e médio, em agosto de 2021, o Estado saiu da zona de alerta em lotação das UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) Covid-19.

O apontamento é da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que registrou 56% de ocupações nos leitos deste tipo em 9 de agosto no Estado. Essa é a primeira vez, em 2021 e em oito meses, que MS baixou os índices e saiu do cenário de alerta.

Índice parecido havia sido registrado em novembro de 2020. No mês seguinte, em dezembro do ano passado até 2 de agosto, MS variava entre estado de alerta crítico e médio para as ocupações.

Após a data do levantamento, MS registrou índices mais baixos de ocupação. De acordo com o Painel Mais Saúde, da SES (Secretaria de Estado de Saúde), nesta sexta-feira (13), 52% dos leitos de UTI estavam sendo utilizados. Este é o menor número registrado no Estado em 2021.

Confira a evolução do cenário de ocupações das UTIs Covid-19 em MS:

Resultado da vacinação avançada

A redução das ocupações das UTIs Covid-19 é resultado da vacinação contra a doença, que já atingiu mais de 86% da população de adultos e públicos prioritários. A Fiocruz aponta que a queda é exemplo da eficiência da imunização, combinada com vigilância sanitária de saúde, amplo uso de máscaras e medidas de distanciamento social.

Em menos de três semanas, a média de mortes caiu 38% e é o menor índice registrado desde o início de março. Conforme dados divulgados pela SES, Mato Grosso do Sul tem uma média de 15,3 mortes por coronavírus diárias.

A doença ainda afeta muitas famílias no Estado, mas o dado representa uma melhora nas últimas semanas. No dia 23 de julho, MS registrava uma média de mortes de 24,7 óbitos por dia, o que representa uma queda de 38%.

Outro dado importante é que Mato Grosso do Sul tem a menor média móvel em pouco mais de cinco meses. A última vez que o Estado registrou média de 15 mortes por covid foi no dia 1º de março.

Se compararmos com o recorde histórico na pandemia, a diferença seria ainda mais expressiva. Em abril, o Estado chegava ao pico de óbitos, com uma média de 56,7 mortes por covid por dia. Comparando com a média atual, a queda é de 73%.

Vale lembrar que a média móvel é um cálculo que leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias. Observar a média móvel é importante para analisar os números do coronavírus, que olhados isoladamente podem levar ao engano. Isto porque os números costumam oscilar principalmente logo após o fim de semana ou feriados, quando as equipes de saúde tiram folga nos municípios e deixam de registrar os dados.

Apesar disso, a Fundação destaca que é necessário manter os serviços de vigilância em alerta, pois variantes como a Delta são preocupantes. Além disso, lembra que “é importante observar que nenhuma vacina é 100% eficaz, de modo que pessoas vacinadas podem se infectar, ainda que em menor proporção do que os não vacinados e com risco bastante reduzido de evoluir para quadros mais graves, como também transmitir o vírus”.