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Bovespa opera em queda com decisão de aumentar tributação de bancos

Na segunda-feira, principal índice da bolsa subiu 0,27%, a 110.334 pontos.



Variação do Ibovespa em 2021 — Foto: Economia G1




A bolsa de valores brasileira, a B3, opera em queda nesta terça-feira (2), com os investidores reagindo à decisão do presidente Jair Bolsonaro de zerar impostos federais sobre diesel e gás de cozinha, medida que será compensada pelo aumento da Contribuição Social sobre Lucro Liquido (CSLL) de instituições financeiras como os bancos.

Ao mesmo tempo, as expectativas do mercado giravam em torno das discussões em torno da PEC emergencial.

Às 15h18, o Ibovespa tinha queda de 0,07%, a 110.260 pontos. Mais cedo, chegou a recuar mais de 2%. Veja mais cotações.

As ações de bancos, que recuaram forte pela manhã, mostravam recuperação à tarde, com Banco do Brasil e Itaú subindo mais de 2%.

Já o dólar opera em alta, chegando a R$ 5,70.

"Ontem o governo anunciou a queda do PIS/COFINS sobre combustíveis, substituindo pelo aumento da CSLL de bancos que passará em julho de 20% para 25% e de corretoras, seguradoras e cooperativas que será de 20%, ao invés dos 15% atuais. Simples assim, enquanto setores de lobbies fortes seguem imutáveis", afirmou em nota Alvaro Bandeira, sócio e economista-chefe do banco Modalmais.

Na segunda-feira, a bolsa fechou em alta de 0,27%, a 110.334 pontos. A semana passada fechou com queda de 6,93%, e o mês de fevereiro terminou com tombo de 4,21%. Na parcial do ano, o Ibovespa cai 7,3%.

 Por aqui permaneciam os receios de maior risco fiscal e as preocupações em torno da grave situação da pandemia de coronavírus no país. Investidores citam também preocupações com uma eventual extensão do Auxílio Emergencial sem contrapartidas, o que poderia agravar ainda mais a perspectiva para as contas públicas e para a recuperação da economia.

Na véspera, o presidente Jair Bolsonaro editou decreto no qual zerou as alíquotas de PIS e Cofins que incidem sobre óleo diesel e gás de cozinha, decidindo como contrapartida "majorar" a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras, entre outras medidas compensatórias.