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Campo Grande
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Noticia de: 16 de Outubro de 2019 - 09:17
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Desembargadores negam pedido de liberdade de Jamil Name e aliados

Julgamento ocorreu em Campo Grande

Os desembargadores da 2ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negaram por unanimidade, os pedidos de habeas corpus de oito suspeitos de integrarem a milícia criada por uma organização criminosa do jogo do bicho para eliminar desafetos, informa o portal de notícias G1.



Entre os pedidos de habeas corpus que foram negados estão os do empresário Jamil Name Filho e do seu filho, Jamil Name Filho, que são apontados pela força-tarefa do Ministério Público Estadual (MP-MS) e Polícia Civil, com os líderes do grupo.


O advogado que representa os dois, Renê Siufi, chegou a argumentar em favor da liberdade de Jamil Name, apontando que além da idade, 80 anos, ele tem vários problemas de saúde como: diabetes, insuficiências vascular periférica, arritmia cardíaca e crise hipertensiva.


Apesar da argumentação, os desembargadores mantiveram a prisão preventiva do suspeito. A defesa ainda questionou a possibilidade da reversão para prisão domiciliar, mas os desembargadores disseram que não poderiam apreciar o pedido porque ele ainda não foi feito ao juiz de primeiro grau.


Os desembargadores José Ale Ahmad Netto e Luiz Gonzaga Mendes Marques seguiram no julgamento do mérito dos habeas corpus o parecer do relator, Waldir Mendes.


Desde sábado passado (12), os Name, junto com o policial aposentado Vladenilson Daniel Olmedo, o Vlad, e o investigador da Polícia Civil lotado da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF), Márcio Cavalcanti da Silva, estes dois últimos apontados como gerentes da organização, estão no presídio federal de Campo Grande.


A Justiça Federal, inclusive, autorizou na segunda-feira (14) a transferência dos quatro para o presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.


Renê Siufi, que defende os quatro, tem negado a participação dos seus clientes nos crimes apontados pela investigação da Polícia Civil e Ministério Público, chegando a classificar a acusação de que os Name liderariam o grupo como uma “piada” e disse que em juízo eles se pronunciariam sobre as acusações.

Também foram negados os pedidos de liberdade de três funcionários da família Name e do policial federal que é suspeito de ter produzido um dossiê com informações sobre as investigações da polícia sobre o grupo.


Para o Garras (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MP-MS, a organização criminosa é responsável por encomendar pelo menos três execuções em Campo Grande.

A milícia, de acordo com a investigação, é suspeita de ter executado pelo menos três pessoas em Campo Grande desde junho do ano passado. Outras mortes também estão sendo investigadas.


Na representação, os promotores do Gaeco detalham que os três homicídios têm as mesmas características: foram cometidos por várias pessoas, usando mais de um veículo e com armas de grosso calibre, no caso, fuzis.


Com base nas investigações e em depoimentos, o Gaeco aponta que uma das execuções que teria sido cometida pela milícia seria a de Ilson de Figueiredo, de 62 anos, que era chefe de segurança da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Ele foi assassinado no dia 11 de junho de 2018, na avenida Guaicurus, no Jardim Itamaracá. Seu carro foi perseguido e ele foi morto a tiros por suspeitos que estavam em outro carro. Conjuntura Online

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