CCR MSVia ganhou mais com pedágio na BR-163, mas diz que lucrou menos

Lucro líquido da companhia teve redução em 2018, segundo balanço financeiro oficial



Concessão da CCR em MS vale até 2044 (Foto: Marcos Ermínio)




A CCR MSVia, concessionaria responsável pelos 845 km da BR-163 em Mato Grosso do Sul, divulgou nesta sexta-feira (29) seu balanço financeiro relativo ao período compreendido entre 01 de janeiro e 31 de dezembro de 2018, que mostra, por exemplo, um aumento na arrecadação na cobrança de pedágio em todo o Estado no último ano em relação a 2017.

O desempenho financeiro divulgado mostra que a receita de pedágio da CCR MSVia teve um aumento de 9% entre 2017 e 2018, saltando de R$ 269,3 milhões para R$ 293,6 milhões. A empresa explica que isso aconteceu devido ao consumo de grãos que acarretou tráfego maior no período, já que BR-163 é o principal canal de escoamento da produção do Estado.

Em contrapartida, a receita líquida diminuiu 18,5%, já que ano passado ficou em R$ 408,8 milhões, contra R$ 501,9 milhões, em 2017. O lucro líquido caiu de R$ 41,2 milhões para R$ 13,9 milhões em 2018.

Os custos e despesas divulgados também tiveram queda significativa, de 12.6%, caindo R$ 435 milhões em 2017 para R$ 380 milhões em 2018, puxados principalmente pela redução no item descrito como ‘custos de construção’ (principalmente redução do fluxo das obras de duplicação), que ficou em R$ 132,9 milhões no passado, contra R$ 249 milhões em 2017.

Além do balanço financeiro, a CCR divulgou também que houve queda no número de acidentes registrado na 163, de 1,5 mil em 2017 para 1.398 acidentes, o que representa uma redução de 7% em relação ao ano anterior. Quando comparado o número de vítimas fatais com 2017, a redução foi de 45%, representando 29 mortes a menor.

A companhia é responsável pela ‘exploração da infraestrutura e da prestação dos serviços públicos de recuperação, operação, manutenção, monitoração, conservação, implantação de melhorias, ampliação de capacidade e manutenção do nível de serviço da rodovia BR-163/MS’, com contrato de concessão válido até abril de 2044.

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