Médicos usaram cloroquina para tratar cônsul sírio de MS com Covid-19

Kabril Youssef ficou entre a vida e a morte em hospital paulista e hoje aguarda alta



Cônsul sírio de MS saiu do CTI - Arquivo pessoal




Depois de passar três semanas internado no Centro de Terapia Intensiva com Covid-19, o cônsul da Síria em Mato Grosso do Sul, Kabril Yousseff, foi transferido para um apartamento e espera receber alta médica semana que vem. Segundo a família, a cloroquina foi um dos medicamentos usados no tratamento, o que pode ter feito a diferença para salvar a vida dele.

“Graças a Deus foi tudo ótimo, estou muito bem, estou cem por cento, só aguardando os médicos me liberarem após um check up geral”, disse Kabril ao Correio do Estado na manhã desta sexta-feira (10).

Como ele estava inconsciente, aidna não está a par de todos os medicamentos que tomou para desagravar o estado de saúde, mas afirma que “fui cuidado por uma das melhores equipes médicas do Brasil”, afirma.

Além da cloroquina, o Hospital Sírio-libanês adotou um tratamento inédito em parceria com a Universidade de São Paulo (USP). Médicos descobriram que entre os efeitos negativos do novo coronavírus nos pacientes estava a redução na quantidade de sangue que passa pelos alvéolos pulmonares.

Como esse problema é semelhante a uma trombose, a equipe administrou anticoagulantes e conseguiu recuperar vários pacientes.

A assessoria de imprensa do hospital disse que não comenta os tratamentos dos pacientes e não revelou se Kabril fez parte dessa intervenção experimental e tampouco a família soube dizer. “Usaram um monte de medicamentos, só sei dizer que deram para ele aquele usado contra a malária”, disse o irmão do cônsul, Michel Youssef.

Fato é que Kabril respondeu bem ao tratamento. “Houve um momento em que pensei que não iria levantar mais, que fosse morrer, aliás cheguei praticamente morto aqui em São Paulo”, disse o cônsul à equipe de reportagem. Depois de liberado, ele voltará a Campo Grande, onde mora.